Um mural de madeira pintado e entalhado, repleto de influências modernistas e tropicalistas, foi a solução para a abertura de uma novela sobre os conflitos sociais e de terra nas margens do Rio São Francisco ao longo de três gerações. A narrativa é focada em uma visão mitológica/mítica, justamente para abraçar os simbolismos e as metáforas vistos nas fábulas indígenas e ribeirinhas e também algumas crenças cristãs/jesuítas. O resultado é um filme colorido e contemporâneo, quase inteiramente livre de interferências digitais, que mostra uma bonita história do rio desde o seu nascimento até as influências que ele engloba, em uma verdadeira homenagem à arte latino-americana.
Comentário do Júri